A trajetória, conquistas e objetivos do Projeto Social ABBA PAI, de Barra Velha, foram tema de trabalho escolar no Curso de Direito do Sinergia Sistema de Ensino, na disciplina de Direito Ambiental, no último dia 14 de março, em Navegantes. Os acadêmicos Elaine Minowa, Karoline Garbim, Cauã Machado Ferreira, Jonathan Prado e Juvan Neto detalharam a estrutura do projeto, que atende 90 crianças em situação de vulnerabilidade social na cidade de Barra Velha.
Segundo o professor e advogado Marioly Mendes, o objetivo do trabalho foi mostrar ações de Educação que atendem os 17 Objetivos Sustentáveis de acordo com os parâmetros da ONU instituídos em 2015, e que valem até 2030.
“Solicitei aos alunos que trouxessem projetos ou ações de Educação de qualidade, visando o desenvolvimento sustentável, seja no âmbito governamental ou não”, observa Marioly. Entre os 17 objetivos da ONU, a Educação de qualidade é o de número 4, o qual visa assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida.
De acordo com o professor, crianças das famílias mais pobres são quatro vezes mais propensas a estar fora da escola do que crianças de famílias mais ricas, e ações voltadas à proteção da infância precisam ser evidenciadas – como é o caso do Abba Pai barra-velhense.
Juvan Neto, durante a apresentação, falou sobre o histórico do projeto, que abriu suas portas em setembro do ano passado, porém, com uma estruturação que durou oito anos por parte da entidade mantenedora, a Associação Beneficente Casa do Oleiro.
“Pode-se dizer que o Abba Pai, embora seja não-governamental, recebe apoio da iniciativa privada, e dessa forma, atende as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), de 25 de junho de 2014”, constatou Juvan. O projeto é inteiramente mantido pela sociedade civil, e suas atividades estão na sede da instituição, na Rua Bernardo Aguiar, nº 260, centro de Barra Velha.
Saiba mais
Na sede do Abba Pai, atualmente há um total de 90 crianças, entre 4 a 14 anos de idade, divididas em turmas de 15 matriculados cada, as quais têm oficinas educacionais de contraturno escolar. O projeto prioriza o atendimento para crianças vítimas de abuso, negligência e violência, e em 2019, ampliou em 50% suas vagas, segundo informa a pastora Renata Freire Silva, idealizadora do projeto.
A ação inclui aquelas crianças que estão sob tutela da Justiça, num espaço onde têm acesso a serviços filantrópicos, esportivos e recreativos e em observância ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A sede oferece atendimento psicológico, psicopedagógico, nutricionista e educador físico, dividido nestas oficinas. Há ainda pequena horta para orgânicos, quadra esportiva, piscina para aulas de
natação e um parque infantil externo, e salas temáticas de
teatro, musicalização, escola de surfe e orientações de Educação Ambiental. Tudo 100% gratuito para as crianças – estrutura que leva muitos que visitam a sede, segundo a pastora Renata, a pensar que o projeto é uma escola particular.
“Um projeto assim é importante, porque nós por vezes, no atendimento a uma ocorrência de tráfico, muitas vezes prendemos pais de crianças que estão em vulnerabilidade”, apontou o policial militar Cauã Ferreira, aluno do Sinergia. “Antes, se dispunha de uma casa de passagem, mas esse projeto faz com que as crianças de um cotidiano difícil tenham muito mais assistência, cultura e educação”, completou o policial.
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança (CMDCA) e Adolescente também já está estabelecendo uma parceria, viabilizando recursos para custeio da alimentação, oriundos do Fundo da Infância e Adolescência (FIA). Ao final da apresentação, o professor Marioly parabenizou a estrutura e do Abba Pai.
Texto:
Jornalista Juvan Neto – SC 0159 JP
Fone (47) 99921 4527.
Fotos apresentação na faculdade:
Edinéia Gazaniga
Fotos do projeto social:
Sanderson Costa
